sábado, 1 de outubro de 2016
O Grande Final: A ascensão da Alma Assassina
Quando o mundo está quieto, nossos corpos
inalam o perfume profano como uma penugem elétrica oscilando para aflorar a
pele, celebrando uma mística ascensão enquanto os corações batem rápidos e fazem
o momento durar. Hoje é a noite em que você deve ficar em casa e trancar suas
portas, rindo em negação quando sabe que o fim está próximo, pois as
testemunhas caladas nunca alcançam os sussurros da justiça. Este surreal fardo são
como velas pretas escancaradas diante do espelho, refletindo cada pintura preservada
em um olhar desanimado e revelando verdades por meio de mentiras como hinos
fúnebres de mortos-vivos. A mancha obscura é incarnada, vozes escuras vindo da
floresta, ligando sua alma com o azedo prazer do ninho dos ímpios: seus cânticos
enegrecem seu coração, enluarando de prata os tons negros que vestem o céu e
moldando sua carne seca para acasalar com um fantasma espúrio. As formas do seu
ventre são como cálices cheios de sangue impuro, espalhando um veneno
permanente como um efeito de droga anestesiando sua mente, mas a inesquecível e
amarga lembrança da vida preservada é desmanchada com um sombrio deleite, repetindo
a rima que revela o seu disfarce e reflete de volta seus arrependimentos. Como
uma rosa moribunda num vaso de ouro, vagarosamente os pedaços restantes da sua
história são riscados do livro da vida e a intenção de renascer apenas
demonstra que o fogo reescreve suas linhas. A sombra da lua brilha sobre você,
declinando sua alma para o desprezo e cedendo às tentações do senhor assassino,
mas você é uma criança religiosa, dimensionando seu mundo sobre uma pedra que
rasteja para o abismo bíblico, onde a verdade que você inala te sufoca com a escuridão
desse mundo. Adeus grande ilusão, como acima, assim abaixo – uma pária de
graças aos banidos e exilados, empalados na superfície da completa abominação. Como
as impressões de um sonho, o sedutor cortesão noturno traça o feitiço na sua
mente, banhando-se com seu suor enquanto os demônios rasgam sua carne até os
ossos, com frios, mortos e secos dentes alimentando-se da sua carne mortal. Em
êxtase diabólico, a saliva do seu beijo úmido goteja sobre o que resta da sua pele
desnuda, um olhar tristonho e um sorriso maldoso, contemplando sua verdadeira aparência
espiritual, pois é melhor ser odiado pelo que você é do que amado pelo que não
é. As sombras tem crescido lentamente entorno de você, mas
todos os dias você convida o sol ardente, esperando por sua preciosa aurora
como um brilho profético do céu... se continuar insistindo nisso, eu sinto dizer que nunca viverá esta promessa vazia, pois amanhã será o dia em que abriremos uma nova porta e
eu te arrastarei para dentro do desconhecido desejo de amor que fez você vender
sua alma, conduzindo-o para a realização da sua glacial liberdade
fraternal. Assim, eu derramo meus rasgos sobre seu coração. O inverno está se
aproximando como da última vez, mas o anseio pela presença do amanhecer é maior
do que todos os novembros tingidos de preto. Nossa busca chegou ao fim ou
apenas começou? Ao longo dos próximos anos, a névoa da manhã irá acariciá-lo
com os sons estáticos de uma amante à beira-rio como beijos suaves da natureza,
lembrando-lhe que nada dura para sempre. As árvores respiram pesadamente, transportando
seus crimes negros e consumindo cada momento da sua juventude infeliz, mas suas
feridas continuam expostas para que todos vejam a sua vergonha.
Confissões Profanas
Sensual e Última Carta Anônima
Fim das Cartas Anônimas, Novas Cartas Anônimas, Secretas e Especiais Cartas Anônimas
“Amada minha,
Antes de começar essa história, permita-me contar os sussurros que não foram ditos nas antigas cartas.
A vida é tão fria, uma estrada solitária com um objetivo difícil de encontrar ou um lugar surreal para se ver quando penso em todos os lugares que não pertenço.
Quando as estrelas da noite me emprestam sua luz, as cartas me mantêm aquecido, uma onda de calor que acompanha o clima cantando essas palavras imortais para você.
Às vezes, eu olho em direção ao céu buscando por respostas, mas tudo que eu ouço é a voz do silêncio, uma ressonância invisível que vibra através do som inexistente, sangrando pelos ouvidos e mordendo a mão que me alimenta: o segredo dessas palavras obscuras.
Elas nunca me pertenceram, pois elas não saem de mim, apenas refletem meus sentimentos através do que suas canções expressam.
Então, qual é a sensação de saber que as minhas palavras são música para seus ouvidos?
Eu percebo que o espelho nunca tenta esconder de mim quem eu realmente sou, mas a vergonha pulsa no meu peito, essa sensação de que estou sendo condenado sozinho.
Uma parte de você ainda me ama?
Por você, eu tenho o meu próprio livro de histórias, então para que minhas intenções sejam conhecidas deixe-me dispor de um breve momento para que você conheça-me pelo nome.
Essa tristeza mergulhada profundamente no meu sangue me abriga nas sombras, sentindo o peso do pecado me conduzir à perdição e levar-me para um holocausto mental.
Braços inertes, essa sensação me satisfaz, envolvendo-me numa clemência indesejada, com sentimentos animalescos despertando minha carne enquanto vivo reprimindo meus instintos.
Livrando-me de toda dor que é ser um homem, estes olhos não verão o mesmo depois do dia da profecia.
O amanhã pode não chegar, mas está tudo bem, eu sempre fui verdadeiro e sempre esperei tanto apenas para vir lhe abraçar como as raízes de uma árvore eterna.
Antes de acabar essa história, eu poderia arrancar meu coração bem em frente aos seus olhos, para que você comesse enquanto eu lambia o fio de sangue que escorre pela sua alma.
Pois a minha maior tragédia foi dar mais valor as minhas palavras do que àquela que me inspirou a escrevê-las.”
Fim das Cartas Anônimas, Novas Cartas Anônimas, Secretas e Especiais Cartas Anônimas
“Amada minha,
Antes de começar essa história, permita-me contar os sussurros que não foram ditos nas antigas cartas.
A vida é tão fria, uma estrada solitária com um objetivo difícil de encontrar ou um lugar surreal para se ver quando penso em todos os lugares que não pertenço.
Quando as estrelas da noite me emprestam sua luz, as cartas me mantêm aquecido, uma onda de calor que acompanha o clima cantando essas palavras imortais para você.
Às vezes, eu olho em direção ao céu buscando por respostas, mas tudo que eu ouço é a voz do silêncio, uma ressonância invisível que vibra através do som inexistente, sangrando pelos ouvidos e mordendo a mão que me alimenta: o segredo dessas palavras obscuras.
Elas nunca me pertenceram, pois elas não saem de mim, apenas refletem meus sentimentos através do que suas canções expressam.
Então, qual é a sensação de saber que as minhas palavras são música para seus ouvidos?
Eu percebo que o espelho nunca tenta esconder de mim quem eu realmente sou, mas a vergonha pulsa no meu peito, essa sensação de que estou sendo condenado sozinho.
Uma parte de você ainda me ama?
Por você, eu tenho o meu próprio livro de histórias, então para que minhas intenções sejam conhecidas deixe-me dispor de um breve momento para que você conheça-me pelo nome.
Essa tristeza mergulhada profundamente no meu sangue me abriga nas sombras, sentindo o peso do pecado me conduzir à perdição e levar-me para um holocausto mental.
Braços inertes, essa sensação me satisfaz, envolvendo-me numa clemência indesejada, com sentimentos animalescos despertando minha carne enquanto vivo reprimindo meus instintos.
Livrando-me de toda dor que é ser um homem, estes olhos não verão o mesmo depois do dia da profecia.
O amanhã pode não chegar, mas está tudo bem, eu sempre fui verdadeiro e sempre esperei tanto apenas para vir lhe abraçar como as raízes de uma árvore eterna.
Antes de acabar essa história, eu poderia arrancar meu coração bem em frente aos seus olhos, para que você comesse enquanto eu lambia o fio de sangue que escorre pela sua alma.
Pois a minha maior tragédia foi dar mais valor as minhas palavras do que àquela que me inspirou a escrevê-las.”
Assinar:
Postagens (Atom)