Ao redor da lua, ela vinha com seu vestido flutuando em seu precioso éden, onde jaz profundamente seu amado, amarrado e perdido no seu encanto, um cadáver como eu, girando sob a cadeira à espera do seu sereno e áspero corpo com o véu retirado, para deleitar seus assíduos gêmeos do prazer, sua respiração abafada em um grito, caindo... profundamente, em sua teia, os fios se emaranhando conforme sua vontade: paralisada e entorpecida, as palavras como arrepios, crescendo em uma frenética intimidade. Seu perfume como a neve, derretendo meu inverno interior e encontrando purezas nos intensos desejos, mas a noite é maldita e ainda chove, e ela não está aqui... apenas vozes gritantes soando em meus ouvidos, barulhentas e nubladas... fazem-me ver que manter o silêncio trouxe-me um longo alívio, atrás de mim a raiz de um passado em poeiras e cinzas, onde a dança das estátuas congeladas unem-se em lágrimas, faces inexpressivas estagnadas no vazio, apenas esperando uma gota de sangue na correnteza para lavar a dor e aceitar os arrepios do horizonte sombrio como palavras profundas que ferem através de um vidro translúcido. Na luz da alvorada, quando a manhã chora e suas teias brilham como fios de prata, o passado é esquecido sob o túmulo abaixo das flores e minha alma é liberta de sua aurora. Este é o meu lado piedoso, “uma sombra lançada sobre meu coração”, escurecendo nossas gélidas lamentações, serenas como um córrego congelado desejando uma luz prateada, com o anoitecer em meus olhos, levando escritas sangrentas sobre tua beleza pálida que flui através da escuridão indesejada.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Ruínas do Anoitecer Rubro
Ao redor da lua, ela vinha com seu vestido flutuando em seu precioso éden, onde jaz profundamente seu amado, amarrado e perdido no seu encanto, um cadáver como eu, girando sob a cadeira à espera do seu sereno e áspero corpo com o véu retirado, para deleitar seus assíduos gêmeos do prazer, sua respiração abafada em um grito, caindo... profundamente, em sua teia, os fios se emaranhando conforme sua vontade: paralisada e entorpecida, as palavras como arrepios, crescendo em uma frenética intimidade. Seu perfume como a neve, derretendo meu inverno interior e encontrando purezas nos intensos desejos, mas a noite é maldita e ainda chove, e ela não está aqui... apenas vozes gritantes soando em meus ouvidos, barulhentas e nubladas... fazem-me ver que manter o silêncio trouxe-me um longo alívio, atrás de mim a raiz de um passado em poeiras e cinzas, onde a dança das estátuas congeladas unem-se em lágrimas, faces inexpressivas estagnadas no vazio, apenas esperando uma gota de sangue na correnteza para lavar a dor e aceitar os arrepios do horizonte sombrio como palavras profundas que ferem através de um vidro translúcido. Na luz da alvorada, quando a manhã chora e suas teias brilham como fios de prata, o passado é esquecido sob o túmulo abaixo das flores e minha alma é liberta de sua aurora. Este é o meu lado piedoso, “uma sombra lançada sobre meu coração”, escurecendo nossas gélidas lamentações, serenas como um córrego congelado desejando uma luz prateada, com o anoitecer em meus olhos, levando escritas sangrentas sobre tua beleza pálida que flui através da escuridão indesejada.
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